Alguns antioxidantes podem ser sintetizados pelo organismo ou adquiridos por meio da alimentação, o que reafirma a necessidade de se optar por uma dieta balanceada.
Ação dos antioxidantes
Em linhas gerais, a ação dos antioxidantes baseia-se na sua capacidade de doar elétrons ou prótons (H+) aos radicais livres, transformando-os em moléculas não-reativas. Essa perda por parte dos antioxidantes não prejudica a sua própria estabilidade e evita o estresse oxidativo (os mecanismos do estresse oxidativo serão detalhados em outras postagens).
Os antioxidantes podem exercer a sua função de três maneiras. A primeira consiste em evitar a formação de radicais livres por meio da inibição das reações que os originam. A segunda corresponde à interceptação dos radicais livres, impedindo que eles ataquem os lipídios, os aminoácidos e as bases nitrogenadas do DNA. Este mecanismo é geralmente efetuado pelos antioxidantes adquiridos pela dieta e não é tão eficiente contra os radicais livres de meia-vida curta, como a hidroxila (OH-). Já a terceira maneira está relacionada ao reparo dos danos provocados pelos radicais livres e à reconstituição das estruturas danificadas.
Antioxidantes na indústria
Os antioxidantes possuem um papel fundamental nas indústrias de alimentos, cosméticos e fármacos. Sua principal atuação nesses setores decorre da sua capacidade de prevenir a degradação oxidativa dos produtos gerados. Essa oxidação pode ocorrer devido à luz, à temperatura e/ ou à umidade.
Fatores que determinam a atuação dos antioxidantes
A ação antioxidante é condicionada por certos fatores, entre os quais se destacam a solubilidade e a dose adequada dos antioxidantes e a compatibilidade, o tipo e o local de formação dos radicais livres. Quando os antioxidantes estão em sistemas em que essas condições não favorecem a sua atuação, eles não agem de maneira eficiente e/ ou podem aumentar as lesões teciduais.
Os antioxidantes polares possuem uma baixa solubilidade em meio lipídico. Dessa forma, eles apresentam dificuldades para lidar com a agressão dos radicais livres nas membranas plasmáticas, por exemplo. A quantidade adequada de antioxidantes também é fundamental, visto que doses inferiores são insuficientes para enfrentar os radicais livres e doses excessivas podem ser prejudiciais ao organismo. Por fim, os antioxidantes precisam ter uma certa afinidade com os componentes reativos para combatê-los.
Risco dos antioxidantes
Segundo pesquisas da Universidade de Kansas, o excesso de antioxidantes também é prejudicial ao organismo, visto que impede as ações benéficas promovidas pelos radicais livres, como a vasodilatação. Portanto, uma quantidade excessiva de certos antioxidantes pode prejudicar a oxigenação de vários órgãos e favorecer o enfraquecimento muscular, principalmente durante atividades físicas. Outras consequências da ingestão indiscriminada de determinados antioxidantes são a diarreia e o risco maior de hemorragias e câncer de pulmão.
Bibliografia
ARGER, M. E. B. F. O que são radicais livres? Disponível em: http://bluelogs.net/drexplica/artigos/o-que-sao-os-radicais-livres/.
CORPO SAUN. Antioxidantes em excesso podem fazer mal, diz estudo. Disponível em:http://www.corposaun.com/antioxidantes-excesso-podem-fazer-ma-estudo/5551/.
NUNES, E.; NUNES de MORAIS, R.; OLIVEIRA, S. C. Radicais livres: conceito, doenças, estresse oxidativo e antioxidantes. Disponível em:
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