sábado, 22 de janeiro de 2011

Medição dos radicais livres

Oi pessoal :) Hoje vamos falar um pouquinho sobre como se detecta a presença dos radicais livres em amostras. Às vezes corre-se o risco de imaginar os radicais como algo não "concreto", não mensurável, algo muito teórico. Bom, espero com essa postagem poder mudar esse tipo de ideia, mostrando que por variadas técnicas pode-se comprovar e quantificar a presença dessas espécies químicas. Vamos lá? :D

Bom, os métodos de medição dos radicais livres podem ser divididos em três grandes grupos:
1> Aqueles que detectam diretamente os radicais;
2> Aqueles que detectam os antioxidantes endógenos produzidos contra os radicais;
3> Aqueles que detectam produtos estáveis formados quando essas espécies químicas exercem sua ação (geralmente o mais utilizado).

Algumas das técnicas mais conhecidas são:
* TBARS – um dos mais utilizados para estudos de peroxidação lipídica que consiste em fazer reagir o malondialdeído (bioindicador que resulta da decomposição de peróxidos instáveis derivados de ácidos graxos poliinsaturados) e que pode ser quantificado por colorimetria quando este reage com o ácido tiobarbitúrico.

* Folin-Ciocalteau que consiste numa oxi-redução entre os polifenóis e o reagente de Folin da qual resulta uma cor azul, tendo uma absorvância no comprimento de onda 765nm que permite a quantificação dos compostos fenólicos (fitonutrientes com poder antioxidante).

* FOX: esse método químico é notável por ser simples e ter baixo custo, além de apresentar várias vantagens técnicas. Baseia-se na oxidação do Fe2+ a Fe3+ por hidroperóxidos em meio ácido. Quando há hidroperóxidos na amostra, ela adquire cor azul-púrpura quando o ferro reage com a substância xilenol orange.

Os métodos de detecção dos radicais encontram alguns empecilhos, como por exemplo o fato de que muitos radicais livres possuem meia vida muito curta ("somem" antes de que se possa perceber sua presença) e também porque geralmente as amostras são aquosas e os radicais estão em baixas concentrações. Os pesquisadores, porém, vêm procurando quebrar barreiras, e os métodos vêm ficando mais eficientes. Assim, mais avanços poderão ser feitos, e os radicais livres poderão ser mais conhecidos.

Gostaria de finalizar esse post sugerindo que vocês assistam ao vídeo no qual uma aluna da UnB ensina um método de detecção dos radicais. Essa aluna há alguns anos participou também na elaboração de um blog sobre radicais livres como atividade da disciplina Bioquímica e Biofísica. O vídeo foi retirado do blog do professor Marcelo Hermes. Clique aqui para assistir ao vídeo.

Fontes:

-http://books.google.com.br/books?id=mycceCahh4sC&pg=PA62&lpg=PA62&dq=metodo+fox+radicais+livres&source=bl&ots=EupaMgjHhv&sig=y4-v7998eO9EV3zjPWM3BrHT2kM&hl=pt-BR&ei=Z6o7TcfvBMSAlAefm9zqBQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CDIQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false

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